Manifestos Através das redes sociais

Uso das redes sociais para mobilizações populares ou ataques externos começa a preocupar especialistas em defesa


Egípcios nas ruas pedem a deposição do presidente Mubarak:
mobilização popular deflagrada e articulada a partir das redes sociais
é nova ameaça aos regimes ditatoriais (Foto: Muhammad Ghafari/CC)

O fenômeno das redes sociais na internet trouxe um elemento inteiramente novo na análise dos movimentos, dos protestos e das manifestações populares e, por extensão, das eventuais ameaças internas e externas que um Estado, ou regime, pode enfrentar. Por meio de redes como Facebook e Twitter, manifestantes lançaram a semente de revoltas populares que, ano passado, levaram à queda do presidente egípcio Hosni Mubarak e do regime de quase meio século de Muamar Kadafi na Líbia.
Se as redes sociais oferecem uma organização efetiva a quem quer aderir a protestos e manifestações e, pelo menos no início, praticamente imune à repressão, elas também podem alimentar e viabilizar ataques que venham a ser incentivados, ou mesmo desencadeados, por inimigos do país. Ainda em 2009, muito anos da eclosão do fenômeno que ficou conhecido como a Primavera Árabe, os participantes de seminário sobre governança transparente e inovação, realizado em Washington, alertaram que as redes sociais estão sendo usadas por ativistas, governos e mesmo criminosos e terroristas em escala mundial para alavancar seus interesses e ideais.

Primavera Árabe

Onda de manifestações e protestos que vem ocorrendo no Oriente Médio e no norte da África desde 18 de dezembro de 2010 e que resultou em deposições de governos na Tunísia, Egito e Líbia e grandes protestos em países como Síria, Argélia, Jordânia e Iêmen. O perfil no Twitter de Wael Ghonim (abaixo), um dos articuladores do levante popular do Egito, tem mais de 330 mil seguidores

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